105ª Reunião da Tu MMM 72/DF: um cearense no Planalto Central

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Grata surpresa na confraternização dos integrantes da Turma Marechal Mascarenhas de Moraes (AMAN/1972), que residem no Distrito Federal. Sentado ao lado de alguns confrades, na varanda do restaurante “La Cheffe”, em animada roda de “bate papo”, visualizo o Manoel Theóphilo, cearense de sete costados. A alegria de ter um “visitante” na reunião é indescritível. O confrade sai de Fortaleza para realizar um compromisso profissional em Brasília e reserva espaço de tempo para abraçar seus irmãos de armas que residem no Distrito Federal. Ele sabe que vai encontrar seus amigos de Academia Militar e passar momentos inesquecíveis.

A varanda do restaurante “La Cheff” vai sendo tomada por velhos soldados e o volume do som emitido por apartes aumenta consideravelmente. Acrescente-se a essa alegria a interrupção proporcionada pelos integrantes da Turma AMAN/1975, nosso bichos, que retornaram a realizar a confraternização no mesmo restaurante. São amigos diletos de tempos de Academia e de jornadas como oficial do Exército em todos rincões do território nacional. Destaco a presença dos seguintes confrades: Nestor, Arakaki, Chibinski, Armando, Pimentel, Florêncio, Primo, Sérgio, Magalhães, Figueiredo, Plínio Boldo, Cláudio, Virgílio, César, Roldão, Baciuk, Fernandes e Heitor. A confraternização é muito importante na manutenção das tradições, para solidificar a amizade e matar as saudades de momentos relevantes da carreira militar. Alguém cita um fato e o desdobramento do mesmo pode acarretar várias versões.

Algumas mais elaboradas, com o colorido predominando a narrativa ou sucintas, com a escuridão a imperar e diminuir o impacto inicial do fato abordado. Mas, sempre, haverá o debate. Caloroso e fundamentado como deve ser a troca de entendimentos entre pessoas com inteligência bem acima da média, cultura privilegiada e experiência de vida diferenciada. Como de costume, após os confrades apreciarem os deliciosos pratos da culinária local, bem como sorverem cálices dos mais conceituados vinhos ofertados pelos confrades cinófilos, iniciou-se a comemoração dos aniversariantes do mês de março. Antes, foi realizada uma breve alocução sobre o passamento de integrante da Tu MMM 72/DF.

Para nossa tristeza e da família enlutada, deixou-nos e foi responder “pernoite no céu” o confrade MILTON CARPENA DE BRITO. Lutou, bravamente, por mais de quatro anos, combatendo doença degenerativa. Após passar para a reserva remunerada, o paulista e torcedor do Corinthians, adotou a capital federal para fixar residencia. Em sua bela casa, rodeado pela sua querida Graça, filhos e netos, celebrou a vida de forma intensa. Por diversas vezes, ornamentou a varanda para receber os confrades e esposas, em saraus regados a rodízios de pizzas e excelentes vinhos.

Essas noites transcorriam em ambiente de intensa camaradagem e alegria contagiante. A sua participação nas reuniões em Brasília e nos Encontros Nacionais era prioridade no âmbito familiar. Não admitia ficar fora da confraternização da Tu MMM 72.

Para isso, não poupava esforços para estar presente. Neste ano, não pode participar das três primeiras confraternizações. Não estando presente, aguardava impaciente o texto que descreve o evento e, ato contínuo, é publicado na página da Turma Marechal Mascarenhas de Moraes, na internet. Após a leitura do texto, lamentava a ausência de alguns confrades ao evento, por entender que a confraternização era vital para a nossa qualidade de vida. É relevante citar a sua participação decisiva na organização do “Encontro sobre as Ondas”. Trabalhou incansavelmente pela realização desse Encontro Nacional da Turma Marechal Mascarenhas de Moraes, a bordo do navio de cruzeiro “Costa Fortuna”.

Foi uma jornada fantástica para aqueles que tiveram o privilégio dele participar, em deslocamento marítimo do Rio de Janeiro para Buenos Aires e retorno para o Rio de Janeiro.

Em sua memória foi realizado um minuto de silêncio. Após, foi anunciado os aniversariantes do mês e entoado um vigoroso parabéns para você. O confrade Chibiski teve o privilégio de partir a torta de chocolate e distribuí-la para deleite dos velhos soldados. Tinha a esperança que o VB (velho Brito), com assim era carinhosamente chamado, desde os tempos de cadete, em razão dos cabelos brancos precoce, voltasse a constar entre os presentes na reunião da Tu MMM 72/DF.

Deus, em sua elevada sabedoria, assim não o quis. Mas, tenho a certeza de que o VB deve estar reunindo os confrades que com ele respondem o pernoite no céu, para celebrar a vida eterna.

Saudades! Simões Junior