Reu CMPV - 02 Out 15 - ESTRANHA E INESPERADA IMPRESSÃO

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Amigos da Turma Marechal Mascarenhas de Moraes e bem chegados.

Felicíssima coincidência, eis que pronto para enviar as fotos de nosso convescote de 2 de outubro de 2015 recebo a crônica "ESTRANHA E INESPERADA IMPRESSÃO"  da lavra inconfundível e inspirada de Dom Obá III, decido: nada há mais a escrever, replico-a para todos salpicando alguns poucos comentários anotados nas fotos, suficientes.

Um abraço a todos, que muito longa seja a vida de cada um de nós e que saibamos aproveitar cada dia dela.

Angelo, o KbçA

ESTRANHA E INESPERADA IMPRESSÃO

   Corria a tarde banhada pelo sol de uma cidade singular, comprimida entre maravilhas e iniquidades superlativas. No porto de convergência mensal - o CMPV - a sinergia de reencontros ansiosamente aguardados transbordava em mesas ocupadas por sessentões, quase garotos nas recordações de experiências comuns nunca esquecidas. 

  Embora intensa a virtualidade triunfante, ali prevalecia o contato direto, o tradicional bate-papo, as brincadeiras e preocupações compartilhadas, a alegria presencial, mesmo as expectativas de se implodirem desavenças banais em chope bem tirado ou na contemplação da beleza litorânea da Praia Vermelha. Soberano, pairava o indestrutível pilar celebrante da vida, da amizade e da convivência fraterna.    

    Revirava o inconsciente, arriscando-me a abalroar ou ser abalroado, no trajeto apressado ao Portal acolhedor de amizades a serem rememoradas na chama do aniversário do Boita, jihadista repaginado em La Fontaine zapzap de doces torradas queimadas. Caminharia assim a humanidade, no afã inexorável de apaziguar personalidades sanguíneas? Aposentado o Boca, aburguesado o Bac, retirado o Cléo, distanciado o Damerran, acariocado o Gaudério, o que restaria de interessante neste planeta domesticado?   

    A presença ilustre do Brito - visitante bissexto - encorpava as expectativas pela aparição do aniversariante. Na chegada, o mapa da força inicial do tijucano Melinho, do niteroiense Cardoso, do aeroterrestre Ayrton Barão e do desgarrado Walter Pescoço garantia jornada de esplendor, mas aos poucos aportavam eminentes convivas: Lobo e seu fiel escudeiro/73 Rodrigues Machado, Bastos, Bonato, Mota, Pimpim, Derré, Ângelo, Peres, e last but not least Capellanno, direto de Juiz de Fora sem o Renato e o Domingues.  Nem sinal do audacioso cacique Pedra do Mar de Sarandi.

   Além de abrilhantarem o encontro, o VB, o Capellanno e o Bonato ratificavam o cosmopolitismo local como referência afetiva de muitos, segundo o Ribas consequência das vivências em escolas militares daqui. Acrescento à tese do Jacob CRF a insustentável leveza do ser, da luz e da alma desta aldeia de mazelas atenuadas por encantos sem igual, resumidos na expressão do Tom – “Nova Iorque é ótima, mas uma m... - o Rio é uma m... mas é ótimo”. E assim viajavam meus pensamentos ao apreciar certas nuances mágicas daquele dois de outubro.

   Reitero: quem comparece às assembleias do CMPV vacina-se contra depressão, TOC, menos valia ou qualquer outro desses transtornos mentais que infelizmente grassam hoje em dia. Basta presenciar poucos minutos de repreensão severa do Barão VO-ador às estripulias de Mr Cobra para afugentar o baixo astral do interno mais problemático do quase vizinho Pinel, que certamente diminuiria bastante a sua taxa de ocupação se enviasse representantes às famosas tertúlias de 72. Fica a sugestão, carente de OLig a ser escolhido.      

   Vasta é a pauta de temas permanentes – das promessas não cumpridas de comparecimento do Louvera às técnicas pau de selfie do Snake – debatidos sob a ruidosa euforia que atormenta o Pimpim ante o público externo, às vezes aderente como no caso do Piranha paraguaio jamais desmascarado em fotos oficiais da 3M/RJ, assegurando tamanha seriedade ao embuste que o original Ivan claviculário retraiu, talvez escudado na assiduidade do sósia risonho e feliz com a acolhida do bando de velhinhos folgazões.           

   Que a turma é boa e da fuzarca, certifica o proclama adaptado a todas as torcidas. Inquestionável se faz o sítio das reuniões, inenarrável é o seu clima. O que mais haveria de consagrá-las como instrumento perfeito de fruição existencial? O acaso, este mensageiro de descobertas inesperadas, acorreu a esclarecer.   

   Observando de perto as visitas – Brito, Capellanno e Bonato, este, quase um nativo – percebi-lhes indícios denunciadores de peculiar encantamento. O VB - risonho e trajado comme il faut  – desdenhava da alva cabeleira, incorporando surfista do Arpoador aposentado; o Bonatão – naturalmente simpático apesar da seriedade Poderosa – se igualava a  cavalariano de almanaque na jovialidade e descontração inegáveis; o Capellanno – embaixador do condado JF – desmerecia a circunspecção de uma barba cerrada que desfilava, animado.     

  Todavia o Derré aplicaria ippon em eventuais questionamentos residuais ao sortear vários brindes, o mais vistoso, um cavalinho composto de vassoura e acessórios domésticos, contemplou o Lobo. Seria a senha definitiva para acreditar nos desígnios intangíveis desta metrópole de São Sebastião do Rio de Janeiro.  

   O Tom e o Ribas estão certos: o Rio é diferente de outros lugares, seja como isso possa ser interpretado. Resplandece no CMPV, a cada mês, indizível aura expressiva de amizades e de rejuvenescimentos pessoais que faz rezar até ateu bolchevique.  

   Os faltosos às reuniões não imaginam o quanto perdem. Compareçam, sem justificativas ou remorsos.

   Só não consegui entender, para explicar, a falta do aniversariante Dr Itamar TBB.                 

 

Rio, Cidade Olímpica, 12 de outubro de 2015.

                                      Dom Obá III, carioca desde 1º de março de 1565{jcomments on}.