O INSUPERÁVEL BARDO

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Silente, meditabundo, reflito logo a indagar

De qual galáxia oculta tamanho talento virá

Fazendo da poesia brilhante canal de escape

E de alegorias juvenis motivação do uótiszape


Dele ninguém aproxima, sendo na verve ou na rima

Dono de rara cultura, ao Flu devota notória estima

No tom sagaz se desnuda hodierno poeta cordelista

Embora equiparado alhures a mero autor bordelista


Pasmo cada vez mais a olhar a rapidez de seus versos

Parece adivinhar os pensamentos de frente e reverso

Capaz de aposentar famosos profissionais da pilhéria

Como o antigo Garance, ora comportado Mr Bactéria


Explora qualquer assunto, do cyberespaço ao presunto

Sob a franqueza ferina de cidadão destemido e astuto

Porém claramente prefere abordar débeis reputações

Valorizando idiossincrasias,  glamurizando indiscrições


Anunciado bardo vadio de bares pouco exemplares

Afirma presidir associação de botecos e lupanares

Enquanto na verdade frequenta sofisticados cafés

Em Praga, Barcelona e arrondissement do Marais


Almejo de sua mente neurônios escapulirem  à deriva

Para assim capturá-los em momento fugaz desta vida

A degustar o superior prazer de fingidor de ofício e de fé

Tal qual o incomparável, esfuziante vate Cléo,Saint-Clair.


Rio, 19 de maio de 2015.

Dom Obá III, fingidor amador sem lenço nem documento.{jcomments on}