Coerente com o perfil extemporâneo de homem discreto, nascido no biênio crepuscular da quinta década do século XX, eu acompanho de soslaio a interatividade virtual da Intrépida Turma.
Por que Intrépida? Porque o élan, o denodo e a coragem jamais se apartam da identidade visceral dos aspirantes72, antenados em assuntos motivadoras de debates que encontram substitutivos naturais nas intervenções exóticas do Cobra Saltador, meu curatelado de estimação inimputável. Afinal, de marasmo não se morre neste grupo cinquentão.
Habitualmente desatualizado no zap, descobri polêmica em pré-combustão que mobilizou Dom Obá III a intervir nos acirrados confrontos verbais de confrades inarredáveis nos seus pontos de vista.
Quando uma discussão se prolonga demais, sinaliza que nenhuma das partes tem razão, psicografou-me o afro-príncipe citando Voltaire, um dos seus filósofos de cabeceira. Antes que se descambe para a incivilidade rasteira, prosseguiu, recorra à mediação apaziguadora de Dom Marcos de Bonis, SM, supremo e único sacerdote da Ordem do Marechal capaz de pacificar o octógono opinativo da MMM.
Prestes a contatar o gentleman sorridente de Araçatuba, antecipou-me presságio de observar a beligerante arena em que se transformara o aplicativo grupal. Tive sorte.
Programada para a última sexta-feira do mês, dia 28 de junho de 2019, a reunião dos integrantes da Turma Marechal Mascarenhas de Moraes, que residem no Distrito Federal, prometia ter a participação de visitantes ilustres. É sempre uma alegria incontida receber veteranos que residem em outros estados da federação. Poder abraçar um irmão de arma não tem preço. Dito e feito: presente na varanda do restaurante “La Cheff” o confrade Mayer. Esse campineiro por adoção e gaúcho de nascimento é um cidadão com compromissos de trabalhos na capital federal. Fico feliz que ele tenha dedicado tempo de sua complicada agenda para estar com os veteranos que residem no Distrito Federal. Destaco a presença dos seguintes veteranos: Arakaki, Valentim, Armando, Baciuk, Nestor, Breide, Primo, Cláudio, Sérgio, Fernandes, Heitor, Nei, César, Ribas, Magno, Pimentel, Ribeiro Souto, Plínio Boldo e Maciel Monteiro. Como de costume o papo era animado e os assuntos bem variados, da política ao futebol. Percebo que o Armando está com uma garrafa de uísque 12 anos, de marca famosa, procurando seus companheiros para degustá-la. Olha para os lados procurando o Fernandes e o Chibiski. Informo ao dileto amigo que o Fernandes ainda não está presente e que o Chibinki não vai comparecer ao evento, por encontrar-se em viagem ao estado do Mato Grosso do Sul.
Acontecimentos sombrios tisnavam a paz na Terra aos homens de boa vontade, em 1917. Mortandades nas frentes de combate da 1ª Guerra Mundial, a sangrenta Revolução Russa e a pandemia da gripe espanhola estampavam manchetes sinistras. Tempos merecedores de ostracismo, se não proliferassem indícios triunfais da vida sobre a morte, da esperança sobre o desencanto.
Assim se registraram a primeira gravação de jazz com a Original Dixieland Jass Band, os nascimentos de Ella Fitzgerald, Dizzy Gillespie, Lena Horne, Henri Salvador, Dean Martin, Dalva de Oliveira e Chacrinha, ases vindouros do entretenimento artístico.
Perto da então recente e moderna capital mineira de Belo Horizonte, na residência de Dona Luiza e Seu João Silva, em Lagoa Santa, os dias também seriam mais alegres a partir do nascimento do rebento Nestor, em 13 de julho.
Do outro lado do Atlântico, em Fátima, Portugal, milhares de romeiros na mesma data aglomeravam-se na Cova da Iria para venerar a terceira aparição de Nossa Senhora aos chamados três pastorinhos – Francisco, Lúcia e Jacinta.