84ª Reunião da Tu MMM 72/DF: Uma Reunião HISTÓRICA......

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Não faltavam motivos para comemorar. Como motivo principal, a finalidade maior de celebrar a vida. Esse é o farol que orienta os confrades da Turma Marechal Mascarenhas de Moraes, que residem no Distrito Federal (Tu MMM 72/DF), quando se confraternizam. Porém, se essa celebração da vida é pela comemoração de cem anos de existência no planeta Terra, a vibração é infinita.

Aliás, um confrade argumentou que era a primeira vez que ele presenciaria tal comemoração, principalmente em se tratando de pessoa do sexo masculino, já que na sua família uma tia alcançou a graça de viver um século. Portanto, tudo estava programado para que a reunião tivesse como objetivo principal as comemorações do centenário do Tenente Coronel Nestor da Silva, pai do nosso confrade Nestor. O planejamento foi executado de forma que a reunião da Tu MMM 72/DF integrasse os eventos programados, oficialmente em Brasília, para essa efeméride. Afinal, o aniversariante participou da II Guerra Mundial, foi promovido por bravura em combate, construiu brilhante carreira militar e bela família, bem como superou todos os obstáculos possíveis que um ser humano pode encontrar e viver nesse mundo de Deus. Concluindo: justa homenagem. O local do evento, a varanda do restaurante do Clube do Exército, já estava praticamente preparado para receber o homenageado e os confrades. Os últimos ajustes estavam sendo executados quando cheguei. A criatividade do confrade Fernandes não tem limites. Além dos objetos relacionados com as atividades exercidas pelo homenageado nos combates nos campos da Itália, ele providenciou significativo “banner” com a fotografia do TC Nestor e dizeres exaltando os seus feitos em combate. Conversava com o Fernandes, Lobo, Cézar e Magno quando noto a aproximação de militar que teve relevante participação na minha vida como cadete. Digo isso porque identifiquei, naquele senhor, o comandante do 9º Pelotão da 3ª Companhia do Curso Básico da AMAN. Sim! Era o tenente Roberto Tavares de Araújo, popularmente conhecido por seus cadetes como “Tenente Araújo Sete Facas”, nosso líder e hoje coronel reformado. Quanta emoção. Enquanto aguardávamos a chegada do homenageado e dos demais confrades, trocamos intensa conversa sobre aqueles anos dourados. Risadas ecoaram pela varanda e notava-se a imensa alegria que emanava daquele grupo de cadetes com o seu tenente. Aproxima-se o homenageado e as honras são prestadas ao TC Nestor e seu filho, o confrade Nestor. Ato contínuo, ocupamos o dispositivo estabelecido para o evento. Chega ao local o Breide, Ribeiro Souto, Nei, Brito, Figueiredo, Baciuk, Heitor, Florêncio, Plínio Boldo, Arakaki, Virgílio, Pimentel, Brito, Cláudio, Chibinski, Bohrer, Ribas, Nei, Wankes, Primo e Berton. Registro a participação do visitante Lobo, que se encontrava em Brasília disputando prova de salto do Campeonato Nacional de Equitação, e do agregado Alzemir (AMAN/1971). Essa participação do Lobo enche de alegria a Tu MMM 72/DF. Mostra a prioridade que ele, residindo fora do DF, estabeleceu em relação a outros eventos ou mesmo em face do necessário descanso que precisava para disputar o campeonato. Talvez a concentração para as demais provas do campeonato, em razão da finalidade de sua vinda à Brasília, fosse a opção mais indicada no estabelecimento de prioridade. Mas, ele entendeu que era importante abraçar os confrades da Tu MMM 72/DF. Obrigado, confrade Lobo. A reunião tinha como finalidade homenagear o TC Nestor e assim foi feito. Após justo reconhecimento à presença do Cel Araújo, nosso tenente instrutor e meu comandante de pelotão na AMAN, o confrade Heitor fez uso da palavra para saudar o TC Nestor. O Heitor, nascido no bairro “Monte Castelo”, na AMAN, denominação que exorta o mais sangrento e difícil combate realizado na campanha da Itália, pela Força Expedicionária Brasileira (FEB), era o confrade mais indicado para essa nobre missão. Ele não poupou palavras e emoção. Mas, havia outra surpresa. Antes de o homenageado fazer uso da palavra, o Alzemir solicitou intervir na pauta elaborada. De forma brilhante, deixando todos os presentes emocionados, o Alzemir utilizou a letra da “Canção do Expedicionário” para homenagear o TC Nestor. A cada palavra ou verso da canção ele enaltecia os feitos dos bravos “pracinhas”, apontando a ligação sugerida pelo compositor aos fatos relacionados aos combates de tão sangrenta guerra. Era o relato do sofrimento físico e psicológico sendo superado pela capacidade do brasileiro em, mesmo com o sacrifício da própria vida, cumprir a missão que lhe foi imposta. Percebi algumas lágrimas sendo derramadas. O homenageado, em perfeita condições físicas e na lucidez dos seus cem anos, agradeceu a homenagem prestada pelos integrantes da Tu MMM 72/DF e seus agregados, revelando, ainda, fatos de sua carreira militar e de sua querida família. Adentra a varanda do restaurante o confrade Armando. Com sua alegria contagiante, apresenta as desculpas pelo atraso e incorpora aos festejos. Chega o momento de anunciar os aniversariantes do mês de junho. Em razão da presença de tantos confrades e convidados, são disponibilizadas duas tortas. Pela primeira vez na minha vida vejo velas simbolizando cem anos de vida: sim, o número um, seguido de dois zeros. Fantástico! Quanta alegria materializada nas faces de sexagenários! O canto dos parabéns para você explode no recinto. A ele se incorporam alguns clientes e garçons. O homenageado apaga as velas. A distribuição das fatias de torta faz a alegria dos presentes. Para que se possa materializar o evento, por intermédio de fotografia, o local para o dispositivo, que vai reunir os confrades, tem de ser em espaço fora da varanda. É complicado montar o dispositivo com inúmeros confrades e tanta alegria. Enfim, tudo pronto e a fotografia é executada. Volta-se para a varanda e o papo continua animado. As horas passam e os momentos são eternizados nos grupos de redes sociais. Os confrades que residem nos mais afastados rincões do nosso País querem as imagens que registram o evento. Sem dúvida, gostariam de estar presentes e abraçar o homenageado, bem como o nosso instrutor Tenente Araújo. Sim, ele, apesar de ser coronel, será, sempre, o tenente Araújo “Sete Facas”. Que dia maravilhoso! Penso eu ao me afastar do restaurante. Será que vamos comemorar mais um centenário de vida? A mãe do Nestor caminha para alcançar essa marca. Que família abençoada por Deus! Fui. Simões Junior